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Tom Jobim Musical: A Magia da Bossa Nova em Cada Acorde e Verso | Teatro | Crítica

Foto do escritor: circuitogeralcircuitogeral

Atualizado: 13 de fev.

Uma obra-prima sensorial e emocional que celebra a grandiosidade da Bossa Nova e seus ícones

Tom Jobim Musical

15/11/2024 - Teatro Oi Casa Grande


Pontos Positivos


  1. Direção e Concepção Artística: A direção de João Fonseca é um destaque. Seu olhar sensível e envolvente consegue traduzir a poesia de Jobim e Vinícius no palco, proporcionando uma experiência imersiva, onde a música é sentida antes mesmo de ser ouvida. A forma como ele explora as emoções e o tempo nas canções é magistral, criando um ambiente de profunda conexão com o público.

  2. Direção Musical: A direção musical de Thiago Gimenes, com a colaboração de Ivan de Andrade e Tiago Saul, traz à tona a intensidade da Bossa Nova de forma fluida e harmônica. A maneira como resgatam os arranjos e orquestrações é encantadora, equilibrando momentos delicados e explosivos, o que reflete com precisão o espírito da era.

  3. Desempenho dos Atores: O trabalho de Elton Towersey e Otávio Muller é primoroso. Towersey transmite a sensibilidade e a musicalidade de Tom Jobim com naturalidade, enquanto Muller, como Vinícius de Moraes, incorpora a essência do poeta com uma suavidade única, criando uma conexão forte com o público.

  4. Homenagem aos Gigantes da Música Brasileira: A inclusão de figuras como Elza Soares, Jair Rodrigues, Elis Regina e João Gilberto no espetáculo é uma excelente escolha. As atuações de Analu Pimenta, Lucas da Purificação, Tainá Gallo e Jean Amorim são emocionantes, reverenciando as lendas da música brasileira com energia e paixão.

  5. Cenografia e Atmosfera: A cenografia de Natália Lana e Nello Marrese transporta o público para a atmosfera praiana do Rio de Janeiro, complementada pelo design de vídeo de Batman Zavarese, que adiciona camadas visuais encantadoras. O cenário evoca a suavidade das ondas do mar, refletindo a serenidade da época da Bossa Nova.

  6. Iluminação e Figurino: A iluminação de Caetano Vilela é um elemento essencial para a construção da experiência sensorial, criando uma atmosfera íntima e poética. O figurino de Theodoro Cochrane é igualmente bem executado, capturando a elegância dos anos 60 de forma delicada e envolvente. O visagismo de Anderson Bueno e Simone Momo contribui para uma transformação visual autêntica dos artistas.


Ponto Negativo


  1. Excesso de Referências Específicas: Para aqueles que não possuem uma compreensão profunda da Bossa Nova ou da música brasileira dos anos 60, a constante referência aos grandes nomes da música pode parecer excessiva ou confusa. Isso pode criar uma barreira para aqueles menos familiarizados com o contexto histórico musical que permeia a peça.


Por Paulo Sales



Tom
2015

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